Move-nos a descoberta, do caminho e de nós mesmos. A partilha com outros caminheiros. A vontade de organizarmos um grupo que periódicamente queira partilhar A PÉ caminhadas e caminhadas ... Também há no caminhar um acto de respeito pela natureza, pelo ambiente, contra a ditadura do automóvel, do petróleo e de tudo o que é imposto a partir daí.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
POR PERTO DO CAMINHO PARA SANTIAGO ... EM LEÇA DO BALIO
OS HOSPITALÁRIOS NO CAMINHO DE SANTIAGO: FEIRA MEDIEVAL NO MOSTEIRO DE LEÇA DO BALIO
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
O CAMINHO ... À VOLTA DE NOSSA CASA!!!!
![]() |
No Araújo (concelho de Matosinhos). Aqui toma-se o percurso até à Maia. Reencontrámos a vieira (concha) ... |
Pois bem, hoje resolvemos sair de casa e ver até onde nos levavam as setas amarelas ... o objectivo era ir tomar café, a pé (como deve ser!!), junto ao Mosteiro de Leça do Balio. Afinal tinhamos passado por lá quando andávamos a treinar e um padre até nos disse que, sim senhor, estavam habituados a por carimbos nas credenciais dos peregrinos. Se assim é, então o Caminho passa por lá ...
Errado! ... as setas levaram-nos até ao Araújo (concelho de Matosinhos) e daqui até à Maia ... quando demos por ela estávamos a tomar café na Maia!
A volta até nossa casa foi feita de Metro até às Sete Bicas (Senhora da Hora) e, depois, mais meia hora, a pé, até à ... home sweet home!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
UMA CAMINHADA A DOIS!...
COM OS NOSSOS AMIGOS, MAIS PRÓXIMOS, DA CAMINHADA ...
O CAMINHO ... UMA EXPERIÊNCIA INESQUECIVEL!!!!
Ontem chegámos a Santiago de Compostela! Confesso que me emocionei ... porque tinhamos conseguido, porque gostámos, porque fizemos Amigos(as), porque descobrimos outras vivências!
O Caminho Português (tal como os outros, como o Francês, com os seus 800 Km) até Santiago de Compostela não é nada que se compare a uma peregrinação religiosa. Todos estabelecem como objectivo, a chegada a Santiago, é certo! Mas enquanto dura o Caminho, vão acontecendo situações de humanismo, de partilha e de troca de experiências que transcendem o tal aspecto religioso!
O Caminho também não é uma romaria. Todos se prepararam e concentraram na busca de um objectivo. E, durante o Caminho, nota-se essa concentração, sente-se seriedade!
O Caminho é secular. Milhares e milhares já o percorreram. No nosso caso, no caminho português, é muito interessante percorrer a XIX Via Romana que ligava Braga a Astorga. É deslumbrante descobrir todos os cruzeiros que desenhavam o caminho até Santiago, hoje "ajudados" pelas conhecidas setas amarelas. É impressionante a quantidade de pequenas capelas e a beleza (na simplicidade) de quase todas elas!
No Caminho fazem-se amizades que nos acompanham até Santiago. Até parecem pequenas famílias de percurso, pois passam a existir algumas cumplicidades humanas. Se alguém não aparece, há, desde logo, iniciativa em saber o que aconteceu e onde ainda estará. Há também partilha no momento em que se retemperam forças. Há troca de experiências da vida de cada um. No final, em Santiago, tudo isso que se contruiu ao longo do Caminho, dá direito a um momento de despedida que significa sempre, uma espécie de "Até já!...".
No nosso Caminho gostámos muito de ter conhecido a Francesca (italiana) e o Viktor (bulgaro), o Ken e a Emily (canadianos), a Loreen (inglesa), um casal de dinamarqueses já na casa dos 70 anos, o Etienne (francês) e a Valquiria (brasileira) ... ao longo do caminho fomos conversando de tudo. Do que fazemos nos países onde vivemos, do que nos motiva para fazer os Caminhos (sim, porque a Francesca e o Viktor já fizeram o longo caminho francês!!), do pulsar social em cada país (tema mais frequente com o casal italiana e bulgaro) ...
O Caminho Português para Santiago, mostra também, como já escrevi, aspectos muito interessantes das comunidades por onde vamos passando. A contestação à construção proliferante de auto-estradas e aos polígonos industriais, mostra que as comunidades querem preservar a sua vida e não querem sofrer, a prazo efeitos de desertificação por imposição de vias onde se passa mas nunca se pára!
Em Moz, pequeno pueblo, visitámos um Paço que foi construído com o esforço dos moradores depois dos grandes e poderosos terem literalmente abandonado esse local ... Nesse Paço, é impressionante a quantidade de actividades culturais e cívicas, onde a percentagem de jovens é altissima ...
Também em Moz, o casal Dona Flora e Manolo, responsáveis por uma pequena mercearia (Quiosco) em frente ao Albergue local, são uma imagem viva de simpatia e bom acolhimento que ficará nas nossas memórias. Aquela tortilha espanhola acompanhada por uma frequissima salada de tomate, jantada às 17.30 horas portuguesas, foi autentico tónico para a super etapa de 31 quilómetros do dia seguinte ...
Começámos a 24 de Agosto em Valença do Minho e terminámos em 29 de Agosto diante da Catedral de Santiago ... foi uma experiência inesquecivel. Ficámos com um bichinho que nos pede a repetição da experiência no Caminho dos Caminhos que é o francês !
Até lá, gostaríamos de juntar mais vontades de outros caminheiros/peregrinos que gostassem de partilhar estas experiências!!!!
Aos nossos Amigos de Caminho o nosso MUITO OBRIGADO pela companhia, pela amizade, pelas boas conversas!
O Caminho Português (tal como os outros, como o Francês, com os seus 800 Km) até Santiago de Compostela não é nada que se compare a uma peregrinação religiosa. Todos estabelecem como objectivo, a chegada a Santiago, é certo! Mas enquanto dura o Caminho, vão acontecendo situações de humanismo, de partilha e de troca de experiências que transcendem o tal aspecto religioso!
O Caminho também não é uma romaria. Todos se prepararam e concentraram na busca de um objectivo. E, durante o Caminho, nota-se essa concentração, sente-se seriedade!
O Caminho é secular. Milhares e milhares já o percorreram. No nosso caso, no caminho português, é muito interessante percorrer a XIX Via Romana que ligava Braga a Astorga. É deslumbrante descobrir todos os cruzeiros que desenhavam o caminho até Santiago, hoje "ajudados" pelas conhecidas setas amarelas. É impressionante a quantidade de pequenas capelas e a beleza (na simplicidade) de quase todas elas!
No Caminho fazem-se amizades que nos acompanham até Santiago. Até parecem pequenas famílias de percurso, pois passam a existir algumas cumplicidades humanas. Se alguém não aparece, há, desde logo, iniciativa em saber o que aconteceu e onde ainda estará. Há também partilha no momento em que se retemperam forças. Há troca de experiências da vida de cada um. No final, em Santiago, tudo isso que se contruiu ao longo do Caminho, dá direito a um momento de despedida que significa sempre, uma espécie de "Até já!...".
No nosso Caminho gostámos muito de ter conhecido a Francesca (italiana) e o Viktor (bulgaro), o Ken e a Emily (canadianos), a Loreen (inglesa), um casal de dinamarqueses já na casa dos 70 anos, o Etienne (francês) e a Valquiria (brasileira) ... ao longo do caminho fomos conversando de tudo. Do que fazemos nos países onde vivemos, do que nos motiva para fazer os Caminhos (sim, porque a Francesca e o Viktor já fizeram o longo caminho francês!!), do pulsar social em cada país (tema mais frequente com o casal italiana e bulgaro) ...
O Caminho Português para Santiago, mostra também, como já escrevi, aspectos muito interessantes das comunidades por onde vamos passando. A contestação à construção proliferante de auto-estradas e aos polígonos industriais, mostra que as comunidades querem preservar a sua vida e não querem sofrer, a prazo efeitos de desertificação por imposição de vias onde se passa mas nunca se pára!
Em Moz, pequeno pueblo, visitámos um Paço que foi construído com o esforço dos moradores depois dos grandes e poderosos terem literalmente abandonado esse local ... Nesse Paço, é impressionante a quantidade de actividades culturais e cívicas, onde a percentagem de jovens é altissima ...
Também em Moz, o casal Dona Flora e Manolo, responsáveis por uma pequena mercearia (Quiosco) em frente ao Albergue local, são uma imagem viva de simpatia e bom acolhimento que ficará nas nossas memórias. Aquela tortilha espanhola acompanhada por uma frequissima salada de tomate, jantada às 17.30 horas portuguesas, foi autentico tónico para a super etapa de 31 quilómetros do dia seguinte ...
Começámos a 24 de Agosto em Valença do Minho e terminámos em 29 de Agosto diante da Catedral de Santiago ... foi uma experiência inesquecivel. Ficámos com um bichinho que nos pede a repetição da experiência no Caminho dos Caminhos que é o francês !
Até lá, gostaríamos de juntar mais vontades de outros caminheiros/peregrinos que gostassem de partilhar estas experiências!!!!
Aos nossos Amigos de Caminho o nosso MUITO OBRIGADO pela companhia, pela amizade, pelas boas conversas!
![]() |
Aspecto do interior do Albergue de Mos ... |
![]() |
A Rosa com a Dona Flora ... |
domingo, 29 de agosto de 2010
PONTEVEDRA A CALDAS DE REI ... 27 DE AGOSTO!
Pontevedra já não estava com chuva, quando saimos na manhã de 27 de Agosto para continuarmos o nosso Caminho ... temos tido muita sorte com o tempo!!!!
O objectivo deste dia era Caldas de Rei, uma cidade termal.
À saída de Pontevedra tomámos a Estrada Romana "XIX Via", construída no século II DC, por onde os peregrinos se deslocavam até Santiago. Esta via unia Braga (Bracara Augusta) a Astroga, passando por Santiago. O caminho de Santiago segue toda esta via construida pelos romanos ... esta via, a seguir a Pontevedra, ainda tem a pedra original, chamada "calzada".
O caminho entrou num bosque, muito próximo de uma linha de comboio (que se atravessou) e da construção de acessos a uma auto-estrada ... apesar de estarmos num bosque, há quem não perca tempo a fazer negócio e quem caia nessa espasrrela ... acabei por comprar uma concha, a vieira, por dois euros!!!...
Este percurso, tinha uma paísagem bonita (mais outra!) mas era muito pobre em matéria de apoio a peregrinos. A certa altura, lá apareceu a indicação de um supermercado, mas ... a simpatia foi vencida pela vontade da proprietária fazer negócio! Comprámos duas bananas e uns iogurtes que fomos comer no Albergue de Briallos. Este Albergue, à hora a que chegámos estava deserto ... só com a nossa Amiga brasileira, Valquiria ... boa companhia para descansarmos e comermos os nossos mantimentos comprados no tal supermercado ... lá tirámos as botas para arejar os pés e brincámos com uma cadelita que por ali estava abandonada ...
Para completarmos a etapa deste dia, contámos com a companhia da Valquiria. Pelo caminho, quase a chegar a Caldas de Rei, encontrámos um carro de apoio português a dois cavaleiros portugueses - Carlos e Ana, pai e filha - da zona de Aveiro ... Fomos simpáticamente prendados com água, croissants com presunta e boas maçãs ... Viva a cavalaria!!!!!
Em Caldas de Reis ficámos no Hotel Lotus. É uma cidade bonita - faz lembrar Chaves! - e jantámos (mal!) com a Valquiria numa pizzaria à porta do parque da cidade.
O objectivo deste dia era Caldas de Rei, uma cidade termal.
À saída de Pontevedra tomámos a Estrada Romana "XIX Via", construída no século II DC, por onde os peregrinos se deslocavam até Santiago. Esta via unia Braga (Bracara Augusta) a Astroga, passando por Santiago. O caminho de Santiago segue toda esta via construida pelos romanos ... esta via, a seguir a Pontevedra, ainda tem a pedra original, chamada "calzada".
O caminho entrou num bosque, muito próximo de uma linha de comboio (que se atravessou) e da construção de acessos a uma auto-estrada ... apesar de estarmos num bosque, há quem não perca tempo a fazer negócio e quem caia nessa espasrrela ... acabei por comprar uma concha, a vieira, por dois euros!!!...
Este percurso, tinha uma paísagem bonita (mais outra!) mas era muito pobre em matéria de apoio a peregrinos. A certa altura, lá apareceu a indicação de um supermercado, mas ... a simpatia foi vencida pela vontade da proprietária fazer negócio! Comprámos duas bananas e uns iogurtes que fomos comer no Albergue de Briallos. Este Albergue, à hora a que chegámos estava deserto ... só com a nossa Amiga brasileira, Valquiria ... boa companhia para descansarmos e comermos os nossos mantimentos comprados no tal supermercado ... lá tirámos as botas para arejar os pés e brincámos com uma cadelita que por ali estava abandonada ...
Para completarmos a etapa deste dia, contámos com a companhia da Valquiria. Pelo caminho, quase a chegar a Caldas de Rei, encontrámos um carro de apoio português a dois cavaleiros portugueses - Carlos e Ana, pai e filha - da zona de Aveiro ... Fomos simpáticamente prendados com água, croissants com presunta e boas maçãs ... Viva a cavalaria!!!!!
Em Caldas de Reis ficámos no Hotel Lotus. É uma cidade bonita - faz lembrar Chaves! - e jantámos (mal!) com a Valquiria numa pizzaria à porta do parque da cidade.
Subscrever:
Mensagens (Atom)